sábado, 5 de março de 2011

A compulsão

Aconteceu no dia 10 de Fevereiro de 2010 o primeiro encontro de psicólogos na Faculdade Arquidiocesana de Feira de Santana, onde estavam presentes o psicanalista Claudinei, a Irmã Laurinda, a Irmã Franciely e a professora Gorete. Estes profissionais falaram sobre o tema da compulsão.

A Irmã Franciely começou sua explanação afirmando que a compulsão configura uma ação, comportamento que as pessoas experimentam para fugir das suas angústias. O compulsivo sente-se forçado a realizar uma determinada ação. Não é perceptível conscientemente senão superficialmente. Nesse sentido o comportamento compulsivo é uma forma de lidar com a vida.

Como identificar uma compulsão? Uma compulsão pode ser identificada quando a pessoa apresenta dificuldade de interromper seus impulsos; quando tem necessidade de aumentar a intensidade.

A irmã Laurinda iniciou sua fala mostrando a diferença entre compulsão e obsessão. A mesma afirmou que a compulsão é um comportamento repetitivo e está ligado ao ato. Enquanto a obsessão está ligada a ideia ou imagem que vem a mente da pessoa. A pessoa que acessa um site pornográfico sabe que ela não necessita disso, mas não tem controle sobre tal ato. Mesmo sabendo de uma série de normas ou princípios, não é suficiente para controlar.

Como lidar com isso?

Assumir o conflito

Fazer um processo da sinceridade a verdade. Esse conflito eu posso resolver sozinho ou preciso de ajuda?

Pode passar o conflito psicológico ao espiritual, se perguntando: Onde está o Senhor em tudo isso? E em que caminho ele quer me guiar?

A professora Gorete começou seu discurso sobre a pornografia na internet, mostrando que a mesma foi criada para ser uma rede de comunicação que facilitasse o compartilhamento de informações importantes e úteis. A pornografia é uma exposição degradante do corpo humano. É tudo que está por trás das fantasias sexuais, uso de drogas, tráficos de mulheres e etc.

O discurso do psicanalista Claudinei foi sobre o desejo. O mesmo afirmou que o desejo é algo complexo, ele é construído de afetos. Deseja-se não o objeto, mas aquilo que ele representa. Todo ser humano é um ser com pulsão, ele é um ser carente, por causa disso o mesmo não satisfaz sua carência por completo. A mídia não vende necessidade, e sim desejos. O desejo não é algo saciável com o objeto. A compulsão aumenta a carência, é essa a ideia de vício. A depender da intensidade da compulsão ela vai ser identificada como patologia. A amizade neutraliza a carência, visto que não existe nenhum ser humano que não tenha carência afetiva.

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