sexta-feira, 4 de março de 2011

A economia da Salvação

A palavra economia significa “administração sobretudo doméstica, ou governo, indica no NT o plano ou a ordenação da Salvação, a disposição salvífica” (LEXICON, 2003, p.225). Os padres da Igreja entendem esse termo como “o conjunto das disposições divinas, decididas na eternidade e realizadas no tempo, tendo em vista a Salvação humana” (id. P.225). Podemos perceber que economia da Salvação é o desenvolvimento do plano de Deus para salvar a humanidade. Esse plano salvífico refere-se a uma longa história mediante sua aliança com Abraão e Moisés.

Em que consiste a Salvação? “A Salvação consiste em Deus intervir na história para instaurar uma nova relação dialogal com o homem, um homem que permanece plenamente ele mesmo frente a um Deus distinto dele” (LACOSTE, 2004, p.1592). Na visão do povo hebreu, Salvação é a ação que liberta do poder dos inimigos. Esse povo leva consigo a experiência de ser livre e de poder ser introduzido na terra prometida.

No Novo Testamento a perspectiva da Salvação tem um grande significado com a encarnação do verbo. “O NT conhece um único Salvador histórico, Jesus de Nazaré, não tanto por causa da significação literal do seu nome (Yehoshoua ou Yeshoua, ‘Javé salva’), mas porque todo processo de salvação está ligado a ele como a seu protagonista indiscutível” (Id. p.1594). O livro dos atos dos apóstolos esclarece essa ideia ao afirmar que “Não há, debaixo do Céu, outro nome dado aos homens pelo qual devamos ser salvos” (At, 4,12). Neste contexto, fica claro que a economia da Salvação é o dinamismo do projeto de Deus que ao longo da história por intermédio dos profetas preparou os homens para a chegada de seu Filho para a nossa Salvação.

Referência Bibliográfica:

LACOSTE, Jean-Yves. Dicionário Crítico de Teologia. São Paulo: Paulus, 2004.

LEXICON: Dicionário Teológico Enciclopédico. Tradução de João Paixão Netto e Alda da Anunciação Machado. São Paulo: Loyola, 2003.

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